Tuesday, August 03, 2004
E a Morte Passa ao Lado...
Almocava descansadamente com o meu amigo Rui no pequeno espaco verde confinado entre os edifícios que formam o NYU Medical Center. Nao é ideal concerteza mas... o que se consegue arranjar nesta selva de cimento e asfalto.
E' costume encontrar-se muita gente por ali que aproveita os escassos minutos de almoco para vir um pouco para o exterior e aproveitar um pouco o sol. No meio de todas estas, uma destacava-se pelo choro convulsivo e sofrido.
"Provavelmente alguém que morreu!", comentou o Rui. "Já vi várias cenas destas".
Só aí me apercebi que, o facto de entrar no Medical Center e me dirigir directamente para o Instituto de Investigacao pura e simplesmente me protege e faz ignorar todo o turbilhao de sentimentos, fisicos e emocionais, que percorrem os muitos corredores dos outros edifícios, estes hospitais. Tive a plena consciência do quao ignorantes nos tornamos das várias realidades quando estas nao interferem directamente com a nossa experiência diária... como foi o caso.
"A morte passa-me mesmo ao lado todos os dias e nem dou por ela!", pensei.
Contudo, a ausência desta consciência torna, na maioria das vezes, a nossa existiencia um pouco mais feliz. 'As vezes mais vale nem saber! Mais vale viver sem ser em constante sobressalto e angústia... e, mesmo assim...
Hoje até me arrepiei quando ouvi no rádio que a BT apreendeu um condutor que conduzia com 4.7 g/l de álcool no sangue. Só para os mais distraídos, relembro que o limite legal está estabelecido na 1.2 g/l.
A morte passa-nos mesmo ao lado... constantemente!
'As vezes mais vale nem saber!
E' costume encontrar-se muita gente por ali que aproveita os escassos minutos de almoco para vir um pouco para o exterior e aproveitar um pouco o sol. No meio de todas estas, uma destacava-se pelo choro convulsivo e sofrido.
"Provavelmente alguém que morreu!", comentou o Rui. "Já vi várias cenas destas".
Só aí me apercebi que, o facto de entrar no Medical Center e me dirigir directamente para o Instituto de Investigacao pura e simplesmente me protege e faz ignorar todo o turbilhao de sentimentos, fisicos e emocionais, que percorrem os muitos corredores dos outros edifícios, estes hospitais. Tive a plena consciência do quao ignorantes nos tornamos das várias realidades quando estas nao interferem directamente com a nossa experiência diária... como foi o caso.
"A morte passa-me mesmo ao lado todos os dias e nem dou por ela!", pensei.
Contudo, a ausência desta consciência torna, na maioria das vezes, a nossa existiencia um pouco mais feliz. 'As vezes mais vale nem saber! Mais vale viver sem ser em constante sobressalto e angústia... e, mesmo assim...
Hoje até me arrepiei quando ouvi no rádio que a BT apreendeu um condutor que conduzia com 4.7 g/l de álcool no sangue. Só para os mais distraídos, relembro que o limite legal está estabelecido na 1.2 g/l.
A morte passa-nos mesmo ao lado... constantemente!
'As vezes mais vale nem saber!