Monday, July 12, 2004
Fim-de-Semana Reenergizante
No Sábado fui até 'a praia da Sandy Hook, em New Jersey.
Para tal, encontrei-me com a Marie e a Delphine, duas amigas francesas, no cais da rua 34, onde apanhámos o barco 'as 10:30. O preco de 26 dolares pelas viagens de ida e vinda pareceu-me um pouco exagerado a principio mas, depois de entrar, apercebi-me que se justificava. O barco parecia um mini-cruzeiro, muito limpo e moderno, com vários andares. Podia ir-se no interior, onde espacosas e grandes cadeiras estofadas acomodavam os mais preguicosos ou receosos do sol. A temperatura era bastante fresca, dado o constante ar condicionado, e os passageiros podiam entreter-se a ver televisao ou a beber uma bebida no bar. Parecia um aviao... correccao, quem me dera ter num aviao o espaco que se tinha ali!
Na parte superior ia-se ao ar livre, com cabelos ao vento (e que vento), a apanhar sol e a ouvir música, bastante apropriada por sinal. O dia estava lindo, solarengo. O estar descontraidamente de roupa de Verao a ouvir ao Eagles (Hotel California) tendo por cenário a Sky-Line deu-nos a sensacao de férias. Durante o dia o lab desapareceu. A volta que o barco faz até ao Financial District dá-nos uma vista privilegiada sobre Manhattan bem como das pontes de Manhattan, Brooklyn e Williamsburg. Após paragem no Pier 11 seguimos para New Jersey, passando pela Estátua da Liberdade e por Staten Island. Sem dúvida um paseio imperdível.
No barco acabámos por encontrar pessoas conhecidas e o inicial groupo de 3 acabou por aumentar para 9, o que foi muito agradável. Chegados ao nosso destino, um autocarro da escola, daqueles amarelos que vemos nos filmes (eu e a Marie exclamámos ao mesmo tempo: A school Bus. I've never been inside one of these before!! It's like in the movies", esperava pelos passageiros, distribuindo-os pontualmente pelas diversas praias.
Embora sejam muitas das vezes uns parvalhoes, há que concordar que os Americanos sao extremamente organizados e que tudo funciona 'as 1000 maravilhas. Nao tivemos quaisquer problemas em chegar até 'a praia que escolhemos. Fiquei agradavelmente surpreendida, pois lembrou-me de alguma forma as praias de Tróia. A areia era clara e o mar, embora escuro, nao era mau de todo.
A temperatura da água também nao andava longe daquela a que estou habituada. Após nos instalarmos imediatamente me apercebi que estávamos ladeados de duas famílias de Portugueses (nao estivessemos nós em New Jersey). Ao fazer estas constatacoes os meus colegas até me disseram: "Oh Inês, até parece que estás em casa!!"
Eu nao iria tao longe mas, confesso, achei engracado ouvir a mae berrar ao filho " Anda já para aqui Hugo! Mastiga o que tens na boca e vem comer o resto da sandes! Com'on!!" e lembrou-me sem dúvida de Portugal e dos emigrantes de Verao. Só faltavam as sandes de coiratos, o típico garrafao de 5 litros e o pai de família com o jornal "A Bola" sobre a proeminente barriga para estar na presenca da família "Sousa", "Costa" ou "Pinto".
Quando fomos 'a água notámos que algo andava em suspensao e nos tocava constantemente. Ao tentarmos perceber o que era reparámos que eram pequenos corpos gelatinosos. Milhares deles!! Numa deducao bastante comodista e Americanizada eu disse logo:
- "De certeza que pela manha vem alguém com um "1,2,3" gigante trocidar as alforrecas todas por forma a que as pessoas nao se sintam incomodadas!". O pessoal riu mas a gargalhada geral veio quando, em alternativa, sugeri que "A lady with humongous silicone boobs had them explode shortly before we got here!"
Afinal, após observacao mais minuciosas, vimos (nao fosse a maioria do pessoal cientista) que eram um estado embrionário de uma qualquer espécie marinha. "They have horns, a digestive tract and even some sort of neural tube!!" Querm nos vissse, todos em rodinha a fazer estas observacoes só podia dizer "Coitados, uns morrem e outros ficam assim!". Cá por mim eu digo que é defeito profissional :P
O dia passou rápido. Deu para apanhar sol, conversar, rir, jogar 'a bola, fazer um concurso de "Atira a bola ao balde sem tirar o cú do sítio" por forma a decidir quem pagava o almoco a quem (coisa de macho, claro), jogar 'as cartas mas, mesmo assim... passou rápido. 'As 16:45 já estávamos 'a espera do autocarro amarelo e o Tim ainda teve que fazer um sprint digno do nome para nao perder o autocarro que partiria imperetrivelmente dentro de 17 segundos.
Depois de uma semana tao azarada, este dia nao me poderia ter sabido melhor. Soube bem o convívio, o sol, o mar. Todos estávamos a gostar e quisémos prolongar o dia o mais possível, combinando um jantar num restaurante Grego.
E' óbvio que, como única Portuguesa no meio de 2 Gregos (fomos 10 ao jantar: 2 Gregos, 1 Canadiana, 4 Franceses, 1 Austríaca, 1 "Taiwanês" e eu) nao pude deixar de ouvir bocas acerca do jogo da seleccao mas, tudo amigavelmente, e até se tornou divertido.
A comida Grega é surpreendentemente saborosa e propícia ao convívio, pois nao há um prato para cada pessoa mas sim um petiscar constante daqui e dali.
No Domingo houve concerto gratuito no Summer Stage, no Central Park. Muito embora tenha caminhado (consequência da "tragédia" de 6ª feira) o ter estado de novo com pessoal porreiro, ao sol, a ouvir música do Congo e do Zimbabwe que pôs o pessoal todo a dancar foi sem dúvida gratificante. Fartei-me de rir ao ver pessoal, 100% Americano, a dancar os ritmos Africanos ao mesmo tempo que imitavam as dancarinas no palco. Se o faziam bem ou mal, nao interessava nada. Toda a gente se estava a divertir. Em NY nao ha complexos: cada um dancava como sabia, como podia, como dava. Mesmo giro!!
Terminei o fim de semana completamente restabelecida. Fiquei morenita e nem mesmo o facto de ter que ter ido ao lab tanto no sábado como no domingo fazer algumas coisas rapidamente me tiraram a sensacao de descanso e relaxamento.
Para tal, encontrei-me com a Marie e a Delphine, duas amigas francesas, no cais da rua 34, onde apanhámos o barco 'as 10:30. O preco de 26 dolares pelas viagens de ida e vinda pareceu-me um pouco exagerado a principio mas, depois de entrar, apercebi-me que se justificava. O barco parecia um mini-cruzeiro, muito limpo e moderno, com vários andares. Podia ir-se no interior, onde espacosas e grandes cadeiras estofadas acomodavam os mais preguicosos ou receosos do sol. A temperatura era bastante fresca, dado o constante ar condicionado, e os passageiros podiam entreter-se a ver televisao ou a beber uma bebida no bar. Parecia um aviao... correccao, quem me dera ter num aviao o espaco que se tinha ali!
Na parte superior ia-se ao ar livre, com cabelos ao vento (e que vento), a apanhar sol e a ouvir música, bastante apropriada por sinal. O dia estava lindo, solarengo. O estar descontraidamente de roupa de Verao a ouvir ao Eagles (Hotel California) tendo por cenário a Sky-Line deu-nos a sensacao de férias. Durante o dia o lab desapareceu. A volta que o barco faz até ao Financial District dá-nos uma vista privilegiada sobre Manhattan bem como das pontes de Manhattan, Brooklyn e Williamsburg. Após paragem no Pier 11 seguimos para New Jersey, passando pela Estátua da Liberdade e por Staten Island. Sem dúvida um paseio imperdível.
No barco acabámos por encontrar pessoas conhecidas e o inicial groupo de 3 acabou por aumentar para 9, o que foi muito agradável. Chegados ao nosso destino, um autocarro da escola, daqueles amarelos que vemos nos filmes (eu e a Marie exclamámos ao mesmo tempo: A school Bus. I've never been inside one of these before!! It's like in the movies", esperava pelos passageiros, distribuindo-os pontualmente pelas diversas praias.
Embora sejam muitas das vezes uns parvalhoes, há que concordar que os Americanos sao extremamente organizados e que tudo funciona 'as 1000 maravilhas. Nao tivemos quaisquer problemas em chegar até 'a praia que escolhemos. Fiquei agradavelmente surpreendida, pois lembrou-me de alguma forma as praias de Tróia. A areia era clara e o mar, embora escuro, nao era mau de todo.
A temperatura da água também nao andava longe daquela a que estou habituada. Após nos instalarmos imediatamente me apercebi que estávamos ladeados de duas famílias de Portugueses (nao estivessemos nós em New Jersey). Ao fazer estas constatacoes os meus colegas até me disseram: "Oh Inês, até parece que estás em casa!!"
Eu nao iria tao longe mas, confesso, achei engracado ouvir a mae berrar ao filho " Anda já para aqui Hugo! Mastiga o que tens na boca e vem comer o resto da sandes! Com'on!!" e lembrou-me sem dúvida de Portugal e dos emigrantes de Verao. Só faltavam as sandes de coiratos, o típico garrafao de 5 litros e o pai de família com o jornal "A Bola" sobre a proeminente barriga para estar na presenca da família "Sousa", "Costa" ou "Pinto".
Quando fomos 'a água notámos que algo andava em suspensao e nos tocava constantemente. Ao tentarmos perceber o que era reparámos que eram pequenos corpos gelatinosos. Milhares deles!! Numa deducao bastante comodista e Americanizada eu disse logo:
- "De certeza que pela manha vem alguém com um "1,2,3" gigante trocidar as alforrecas todas por forma a que as pessoas nao se sintam incomodadas!". O pessoal riu mas a gargalhada geral veio quando, em alternativa, sugeri que "A lady with humongous silicone boobs had them explode shortly before we got here!"
Afinal, após observacao mais minuciosas, vimos (nao fosse a maioria do pessoal cientista) que eram um estado embrionário de uma qualquer espécie marinha. "They have horns, a digestive tract and even some sort of neural tube!!" Querm nos vissse, todos em rodinha a fazer estas observacoes só podia dizer "Coitados, uns morrem e outros ficam assim!". Cá por mim eu digo que é defeito profissional :P
O dia passou rápido. Deu para apanhar sol, conversar, rir, jogar 'a bola, fazer um concurso de "Atira a bola ao balde sem tirar o cú do sítio" por forma a decidir quem pagava o almoco a quem (coisa de macho, claro), jogar 'as cartas mas, mesmo assim... passou rápido. 'As 16:45 já estávamos 'a espera do autocarro amarelo e o Tim ainda teve que fazer um sprint digno do nome para nao perder o autocarro que partiria imperetrivelmente dentro de 17 segundos.
Depois de uma semana tao azarada, este dia nao me poderia ter sabido melhor. Soube bem o convívio, o sol, o mar. Todos estávamos a gostar e quisémos prolongar o dia o mais possível, combinando um jantar num restaurante Grego.
E' óbvio que, como única Portuguesa no meio de 2 Gregos (fomos 10 ao jantar: 2 Gregos, 1 Canadiana, 4 Franceses, 1 Austríaca, 1 "Taiwanês" e eu) nao pude deixar de ouvir bocas acerca do jogo da seleccao mas, tudo amigavelmente, e até se tornou divertido.
A comida Grega é surpreendentemente saborosa e propícia ao convívio, pois nao há um prato para cada pessoa mas sim um petiscar constante daqui e dali.
No Domingo houve concerto gratuito no Summer Stage, no Central Park. Muito embora tenha caminhado (consequência da "tragédia" de 6ª feira) o ter estado de novo com pessoal porreiro, ao sol, a ouvir música do Congo e do Zimbabwe que pôs o pessoal todo a dancar foi sem dúvida gratificante. Fartei-me de rir ao ver pessoal, 100% Americano, a dancar os ritmos Africanos ao mesmo tempo que imitavam as dancarinas no palco. Se o faziam bem ou mal, nao interessava nada. Toda a gente se estava a divertir. Em NY nao ha complexos: cada um dancava como sabia, como podia, como dava. Mesmo giro!!
Terminei o fim de semana completamente restabelecida. Fiquei morenita e nem mesmo o facto de ter que ter ido ao lab tanto no sábado como no domingo fazer algumas coisas rapidamente me tiraram a sensacao de descanso e relaxamento.