Wednesday, February 25, 2004
Ola Blog! Ja tinhas saudades minhas? Eu confesso que nao tinha muitas mas que tenho montes de coisas para contar tenho e, como tal, eis-me aqui de novo.
A razao pela qual andei desaparecida foi porque o Joao esteve ca a passar 5 dias comigo. Embora eu ja estivesse super apaixonada pela cidade e encontrasse todos os motivos e mais alguns para gostar dela, o facto de a ter visitado, vivido, experienciado e partilhado com alguem de quem gosto muito fez com que NY se tornasse um lugar ainda mais espectacular. Portamo-nos quais turistas, nao deixando escapar nenhum dos "musts" desta cidade. Comecamos pela Broadway, apos breve caminhada no Times Square, logo apos o Joao ter chegado. Coitado, depois de 4 horas de aviao ainda o esperava esta jornada mas, NY nao para e nos nao podemos parar tambem. Mas, valeu muito a pena o cansaco bem como a hora e meia que passei ao frio em Times Square, durante essa tarde, para conseguir os bilhetes. Fomos ver o "Fantasma da Opera", classico da Broadway que faz jus a classificacao pois, muito embora os varios anos em cartaz, a casa estava cheia. Foi muito bom!
Nos dias seguintes surpreendi o Joao com bilhetes para a NY Opera e para um concerto da NY Philharmonic, que adoramos!! A Opera foi pura e simplesmente espectacular, a comecar pela sala em si, passando pela heterogeneidade do publico, ja para nao falar dos eximios cantores e cenografia. A Filarmonica nao ficou atras, dentro de um estilo diferente, claro. Ouvimos uma sinfonia de Haydn, seguida de um concerto para 2 pianos interpretado pelas irmas Labeque, terminando apoteoticamente com a 10a sinfonia de Shostakovisch que, tal como disse o Joao, mais parecia a banda sonora da Guerra das Estrelas, de tantas emocoes que transmitia. Adoramos... adorei! Sai de la como se de uma sessao de massagens se tratasse, em pleno relaxamento e paz de espirito. Durante o concerto todas as minhas emocoes foram acariciadas: sorri, chorei, sustive a respiracao e repirei de alivio em varias passagens. E, o melhor de tudo, sempre com o Joao ao meu lado. Nao hajam duvidas que NY e um local ideal para se estar apaixonada.
Eu sei, eu sei! Desculpem a lamechice mas, foi tudo tao bom e senti-me tao verdadeiramente feliz durante estes dias que tenho que o partilhar. No Domingo a noite fizemos algo menos erudito e fomos ver o show dos "Blue Men", que tem um pouco de STOMP, focando ao mesmo tempo o facto de obras de arte poderem surgir das coisas mais simples. Foi divertido e colorido... nao so de azul! Durante estes dias passeamos tambem pelas varias avenidas, pelo Central Park, descansamos dentro do Metropolitan Mudeum of Art, na placidez e calma da ala egipcia, calcorreamos Chinatown, SoHo, NoHo, East Village... nao quisemos que nos escapasse nada. Fomos ate ao Financial District onde, inevitavelmente, visitamos o Ground Zero.
A sensacao que se apoderou de mim foi estranha... tal como sucedeu ha uns anos atras, quando visitei o Heysel Park, na Belgica, onde tambem varias pessoas morreram, fruto de barbaridade humana. O branco e o silencio da neve que cobriam o campo eram qual cobertor que nao aquece, frio e com buracos, fonte de uma sensacao de desconforto... de uma corrente de ar constante na alma. Foi o mesmo que senti no Ground Zero, ao imaginar as Gigantes que preenchiam aquele espaco e buraco enormes que agora se abrem aos nossos pes e que tantas vidas levaram com elas. E impossivel ficar indiferente!
Estava frio tambem, mas o Sol brilhou quase sempre e o frio que se fazia sentir era contornado pelas maos dadas com um par de luvas partilhado, um abraco ou simplesmente uma bebida quente num dos muitos Starbucks. Soube deliciosamente entrar no morno destes locais, onde fomos envolvidos nao so pelo calor da sala como tambem pelo calor dos cheiros aromaticos e exoticos e das luzes tenues e aconchegantes. Experimentamos Chocolate quente com Menta, qual After Eight liquido, comemos uma Cookie Gigante, cheia de pepitas de chocolate... que bom!!
Tentamos ir a Estatua da Liberdade mas, porque de manha demoramos sempre imenso tempo a... hhmmm... a terminar o pequeno almoco (delicioso, diga-se! Paozinho acabadinho de sair do forno, feito por MOI, Padeira de NY, segundo o Joao, acompanhado dos mais variados queijos :)) quando la chegamos o ultimo barco ja tinha saido. Nao houve crise! Ficamos sentados a beira rio, a observar o belo perfil da Sra Bartholdi (mae de Frederic Bartholdi, arquitecto que desenhou a estatua da liberdade e que, por falta de imaginacao ou agudo complexo de Edipo decidiu por a cara da mae dele num monumento que viria a ser considerado um simbolo mundial) em contraluz, enquanto o Sol se punha no que, apos algumas trocas, confusoes, risos e consulta de mapa, determinamos ser Oeste... claro!! Por muito inovadora que NY seja, acho que ainda nao inventaram um por do Sol ao contrario ;)
A noite subimos ate ao Empire State Building, de onde vislumbramos um mar de luzes imenso, em todas as direccoes, enquanto que a nossa luz era particular e se destacava: nessa noite o edificio vestira-se de roxo e branco. O Joao concretizou a vontade de mandar um penny la de cima que, pelo menos ate descermos os 86 andares e chegarmos de novo a rua, nao matou ninguem! Espero, entao, que o desejo que lhe esteve associado se realize!
Nao resistimos a voltar a Times Square e, naquele festival de luz, celebrarmos tambem a nossa felicidade. Times Square parou... nao vi mais as luzes, nao se ouviu mais o transito... so existiu eu e o Joao e, por escassos segundos, NY foi infimamente pequena comparada com o mundo que ia no beijo que nos uniu. Ah, a verdadeira felicidade e mesmo feita destas pequenas coisas!
Seguiu-se um jantar delicioso num restaurante Marroquino, oferta do meu "Texano"... la que eles sao cavalheiros sao, esta aqui a prova! Ha mais, mas essas ficam para mim ;)
Na 3a feira parecia que o tempo estava em sintonia com o meu estado de alma. Nevava la fora... e ca dentro tambem. Foi o dia da despedida que, como todas as despedidas, e sempre o menos desejado e mais evitado. Mas, tem que ser... e pode sempre pensar-se que abre portas para outro regresso. Que, espero, seja em breve!
A razao pela qual andei desaparecida foi porque o Joao esteve ca a passar 5 dias comigo. Embora eu ja estivesse super apaixonada pela cidade e encontrasse todos os motivos e mais alguns para gostar dela, o facto de a ter visitado, vivido, experienciado e partilhado com alguem de quem gosto muito fez com que NY se tornasse um lugar ainda mais espectacular. Portamo-nos quais turistas, nao deixando escapar nenhum dos "musts" desta cidade. Comecamos pela Broadway, apos breve caminhada no Times Square, logo apos o Joao ter chegado. Coitado, depois de 4 horas de aviao ainda o esperava esta jornada mas, NY nao para e nos nao podemos parar tambem. Mas, valeu muito a pena o cansaco bem como a hora e meia que passei ao frio em Times Square, durante essa tarde, para conseguir os bilhetes. Fomos ver o "Fantasma da Opera", classico da Broadway que faz jus a classificacao pois, muito embora os varios anos em cartaz, a casa estava cheia. Foi muito bom!
Nos dias seguintes surpreendi o Joao com bilhetes para a NY Opera e para um concerto da NY Philharmonic, que adoramos!! A Opera foi pura e simplesmente espectacular, a comecar pela sala em si, passando pela heterogeneidade do publico, ja para nao falar dos eximios cantores e cenografia. A Filarmonica nao ficou atras, dentro de um estilo diferente, claro. Ouvimos uma sinfonia de Haydn, seguida de um concerto para 2 pianos interpretado pelas irmas Labeque, terminando apoteoticamente com a 10a sinfonia de Shostakovisch que, tal como disse o Joao, mais parecia a banda sonora da Guerra das Estrelas, de tantas emocoes que transmitia. Adoramos... adorei! Sai de la como se de uma sessao de massagens se tratasse, em pleno relaxamento e paz de espirito. Durante o concerto todas as minhas emocoes foram acariciadas: sorri, chorei, sustive a respiracao e repirei de alivio em varias passagens. E, o melhor de tudo, sempre com o Joao ao meu lado. Nao hajam duvidas que NY e um local ideal para se estar apaixonada.
Eu sei, eu sei! Desculpem a lamechice mas, foi tudo tao bom e senti-me tao verdadeiramente feliz durante estes dias que tenho que o partilhar. No Domingo a noite fizemos algo menos erudito e fomos ver o show dos "Blue Men", que tem um pouco de STOMP, focando ao mesmo tempo o facto de obras de arte poderem surgir das coisas mais simples. Foi divertido e colorido... nao so de azul! Durante estes dias passeamos tambem pelas varias avenidas, pelo Central Park, descansamos dentro do Metropolitan Mudeum of Art, na placidez e calma da ala egipcia, calcorreamos Chinatown, SoHo, NoHo, East Village... nao quisemos que nos escapasse nada. Fomos ate ao Financial District onde, inevitavelmente, visitamos o Ground Zero.
A sensacao que se apoderou de mim foi estranha... tal como sucedeu ha uns anos atras, quando visitei o Heysel Park, na Belgica, onde tambem varias pessoas morreram, fruto de barbaridade humana. O branco e o silencio da neve que cobriam o campo eram qual cobertor que nao aquece, frio e com buracos, fonte de uma sensacao de desconforto... de uma corrente de ar constante na alma. Foi o mesmo que senti no Ground Zero, ao imaginar as Gigantes que preenchiam aquele espaco e buraco enormes que agora se abrem aos nossos pes e que tantas vidas levaram com elas. E impossivel ficar indiferente!
Estava frio tambem, mas o Sol brilhou quase sempre e o frio que se fazia sentir era contornado pelas maos dadas com um par de luvas partilhado, um abraco ou simplesmente uma bebida quente num dos muitos Starbucks. Soube deliciosamente entrar no morno destes locais, onde fomos envolvidos nao so pelo calor da sala como tambem pelo calor dos cheiros aromaticos e exoticos e das luzes tenues e aconchegantes. Experimentamos Chocolate quente com Menta, qual After Eight liquido, comemos uma Cookie Gigante, cheia de pepitas de chocolate... que bom!!
Tentamos ir a Estatua da Liberdade mas, porque de manha demoramos sempre imenso tempo a... hhmmm... a terminar o pequeno almoco (delicioso, diga-se! Paozinho acabadinho de sair do forno, feito por MOI, Padeira de NY, segundo o Joao, acompanhado dos mais variados queijos :)) quando la chegamos o ultimo barco ja tinha saido. Nao houve crise! Ficamos sentados a beira rio, a observar o belo perfil da Sra Bartholdi (mae de Frederic Bartholdi, arquitecto que desenhou a estatua da liberdade e que, por falta de imaginacao ou agudo complexo de Edipo decidiu por a cara da mae dele num monumento que viria a ser considerado um simbolo mundial) em contraluz, enquanto o Sol se punha no que, apos algumas trocas, confusoes, risos e consulta de mapa, determinamos ser Oeste... claro!! Por muito inovadora que NY seja, acho que ainda nao inventaram um por do Sol ao contrario ;)
A noite subimos ate ao Empire State Building, de onde vislumbramos um mar de luzes imenso, em todas as direccoes, enquanto que a nossa luz era particular e se destacava: nessa noite o edificio vestira-se de roxo e branco. O Joao concretizou a vontade de mandar um penny la de cima que, pelo menos ate descermos os 86 andares e chegarmos de novo a rua, nao matou ninguem! Espero, entao, que o desejo que lhe esteve associado se realize!
Nao resistimos a voltar a Times Square e, naquele festival de luz, celebrarmos tambem a nossa felicidade. Times Square parou... nao vi mais as luzes, nao se ouviu mais o transito... so existiu eu e o Joao e, por escassos segundos, NY foi infimamente pequena comparada com o mundo que ia no beijo que nos uniu. Ah, a verdadeira felicidade e mesmo feita destas pequenas coisas!
Seguiu-se um jantar delicioso num restaurante Marroquino, oferta do meu "Texano"... la que eles sao cavalheiros sao, esta aqui a prova! Ha mais, mas essas ficam para mim ;)
Na 3a feira parecia que o tempo estava em sintonia com o meu estado de alma. Nevava la fora... e ca dentro tambem. Foi o dia da despedida que, como todas as despedidas, e sempre o menos desejado e mais evitado. Mas, tem que ser... e pode sempre pensar-se que abre portas para outro regresso. Que, espero, seja em breve!